Klea is a 19 year old meth amphetamine addict who has turned to prostitution in order to support her habit. Learn more about Klea on Addicted.
Klea é um viciado em anfetaminas 19 anos de idade métodos que se voltou para a prostituição, a fim de sustentar o vício. Saiba mais sobre Klea em Addicted.
Pesquisadores desenvolvem vacina contra o vício das drogas
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Nova vacina poderá se tornar uma alternativa para minimizar os picos de abstinência |
Embora a vacina não prometa resolver todos os problemas, já se sabe que o quesito abstinência tem muito a ganhar quando for dado início ao tratamento com a mesma. Ao receber a vacina com anticorpos, estes, por sua vez, vão impedir o acesso das partículas da droga ao cérebro e, com isto, minimizar os picos de abstinência em quem deseja abandonar o vício da cocaína, nicotina, heroína e metanfetamina. Porém, os pesquisadores, cientistas de uma forma geral, já fazem a ressalva de que não é possível se livrar da dependência logo de primeira.
Não se pode pensar em substituir os tratamentos já consagrados atualmente (como as medicações já existentes que auxiliam na diminuição da abstinência e dos efeitos do álcool) e a psicoterapia, por exemplo. Até porque, ao fabricar os fármacos, os laboratórios já deixam claro que, quando associado à psicoterapia, eles têm eficiência muito maior. Em entrevista concedida ao Diário, o médico José Toufik Rahd, de Rio Preto, especialista em tratamento de dependentes químicos, explica que a síndrome de dependência é uma doença com múltiplas causas.
Embora ainda não existam vacinas contra a dependência química disponíveis no mercado, não faltam estudos em curso para que logo as mesmas sejam disponibilizadas. Apesar dos resultados promissores, a previsão de comercialização desse tipo de medicamento é a partir de 2012. Não se pode esquecer que a dependência “envolve aspectos genéticos, psicossociais e ambientais. O uso inicial de uma droga é voluntário e, dependendo dos efeitos experimentados, pode evoluir para a dependência”, diz Toufik.
Portanto, quanto antes for iniciado o tratamento de combate ao vício, mais eficaz ele será. O médico observa que o uso crônico da droga diminui o prazer devido à adaptação do cérebro. “O aumento da quantidade e freqüência de uso é uma tentativa de obter os efeitos iniciais. A vida do sujeito passa a girar em torno da busca, uso e recuperação dos efeitos da droga”, afirma. Quem está esperançoso de poder fazer uso da vacina contra a dependência de drogas é o usuário de cocaína F.S.J., 38 anos, que diz ter dado início ao consumo da droga quando ainda era uma criança - e hoje paga um preço elevado.
“A gente tinha uma turma de amigos e cada um trazia uma droga nova para experimentar, e o resultado é que a cocaína entrou feito um raio em mim. E de tanto dividir seringa acabei por contrair a hepatite C, e contaminei minha mulher, que nunca usou nada. Hoje, tudo o que quero é ficar limpo”, relata.
Dependência instalada
Uma vez instalada a dependência, o organismo necessita da droga para manter um relativo equilíbrio. A interrupção brusca do consumo pode resultar na síndrome de abstinência. O sistema nervoso relaciona o organismo às variações dos meios internos e externos, controla o comportamento emocional, armazena experiências na memória e funciona através da complexa rede de neurônios que se comunicam por impulsos elétricos (neurotransmissores). Os receptores neuronais reconhecem os neurotransmissores como uma fechadura reconhece sua chave. As drogas, por sua estrutura química semelhante a dos neurotransmissores, podem se ligar aos receptores dos neurônios e estimular ou inibir a função dessas células.
Enquanto as drogas ocupam o lugar das substâncias produzidas naturalmente pelo cérebro, neurotransmissores como a dopamina, serotonina, acetilcolina, passeiam pelo circuito de recompensa, causando sensações de prazer e bem-estar. Pessoas com deficiência no funcionamento no circuito de recompensa têm dificuldade para controlar seus impulsos e buscam formas de gratificação e prazer imediatas. Essa disfunção no circuito de recompensa é determinante para instalação da dependência química.
Ação da vacina no organismo
As vacinas testadas contra a dependência química agem no organismo de modo semelhante ao das vacinas existentes contra vírus e bactérias - estimulando a produção de anticorpos pelo sistema imunológico contra agentes estranhos e nocivos ao organismo;
As moléculas das drogas, por serem muito pequenas, não são reconhecidas pelo sistema de defesa. Para que possam ser percebidas, pesquisadores inseriram moléculas semelhantes aos compostos químicos das drogas de abuso em pedaços inativos de vírus e bactérias;
Quando a vacina é aplicada, o sistema imunológico é alertado para a presença de um agente infeccioso, porém inofensivo (o vírus) e, ao mesmo tempo, reconhece a cocaína como um agente estranho a ser combatido, produzindo anticorpos que aderem às moléculas de cocaína assim que entram no organismo;
Uma enzima denominada colinesterase quebra a cocaína e libera a substância para ser eliminada pelo organismo antes que ela chegue ao cérebro, onde seus efeitos, tanto prazerosos quanto viciantes são produzidos;
A vacina inibe a ação da droga no cérebro por até 13 semanas. Sem os efeitos esperados, a droga se torna desinteressante aos usuários e dependentes químicos;
O objetivo da vacina é evitar que o paciente experimente os efeitos gratificantes da cocaína, a fim de reduzir seu desejo de usá-la e prevenir a recaída
Em defesa de um tratamento holístico
Para o médico Toufik Rahd, o tratamento da síndrome de dependência sob um único aspecto - seja a intervenção médica com administração de psicofármacos, psicológica ou em regime de internação - deixa de considerar questões relevantes, fragmenta o paciente, a doença e o contexto. As chances de êxito de um tratamento aumentam quando se inclui a participação de profissionais de diferentes disciplinas, reunindo conhecimentos de diversas especialidades.
A qualidade da relação do paciente com o profissional de saúde é também uma questão de suma importância para o êxito da intervenção. Considerando que a dependência tem como conseqüência mudanças na função cerebral, a primeira meta do tratamento é reverter ou compensar as mudanças no cérebro, através de medicações e psicoterapia comportamental.
O psiquiatra Altino Bessa Marques, do Hospital Bezerra de Menezes, de Rio Preto, explica que a arte pode ser utilizada como forma de auxiliar na recuperação de dependência química, por meio de uma atividade que ajude a proporcionar prazer de forma saudável.
“Existe uma corrente de pensamento em álcool e drogas que postula, para uma parcela dos dependentes, alguma deficiência na possibilidade de sentir prazer de um modo natural. E, quando expostos pela primeira vez a qualquer destas substâncias (drogas), ficariam entusiasmadíssimos com sensações, dificilmente ou nunca sentidas. Daí a motivação para repetir a experiência quantas vezes puder, o que pode levar à dependência”, diz.
Os tratamentos comportamentais têm sido bem-sucedidos em alterar funções cerebrais e outras desordens psicobiológicas, bem como na compreensão do paciente sobre o transtorno, modificação de comportamentos e manejo de situações. A mudança no estilo de vida também é fundamental para alcançar e manter a abstinência, encontrar outras forma de gratificação e desenvolver um programa de prevenção da recaída. Manter contato com usuários, freqüentar ambientes associados ao consumo de drogas e preservar hábitos aprendidos e condicionados durante o período de dependência ativa são comportamentos que favorecem a recaída e, portanto, devem ser evitados.
O tratamento da dependência é, acima de tudo, a busca de um novo estilo de vida, um processo de mudanças complexas, o resgate da dignidade e autoestima.
Aceitação
Aceitar a dependência como doença nem sempre é suficiente para a mudança. A adesão ao tratamento envolve motivação e disposição para suportar os desconfortos iniciais, sofrimentos psicológicos, adquirir habilidades para manejar situações antes associadas às drogas, enfrentar e reparar os problemas afetivos, financeiros, profissionais e sociais, construir um novo estilo e permanecer abstinente.
A motivação é o primeiro passo para buscar ajuda. Porém, a recuperação efetiva requer responsabilidade e comprometimento com o plano de tratamento, modificação dos hábitos e comportamentos adictivos.
A força da psicoterapia
Em geral, a impotência contra o vício é tamanha, que, não por acaso, condicionou-se dizer que enquanto a pessoa não chega ao fundo do poço não consegue pensar em sair dele. Daí a importância de se atrelar qualquer que seja o tratamento à psicoterapia.
Para a psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Madureira, especialista em drogadependência, a decisão para se abster das drogas deve partir da própria pessoa. “Isto, ocorre quando o usuário não suporta mais as conseqüências negativas da dependência e a gravidade da situação tende a funcionar como um fator motivacional para a mudança”, diz.
Mas parar nem sempre é apenas uma questão de querer. É claro que a vontade, o desejo de mudar e a determinação são fundamentais, mas nem sempre suficientes para sustentar a decisão. Alguns acreditam que é possível controlar, diminuir ou interromper o uso de drogas quando assim o desejar.
E é isto que reforça a suposição comum entre adictos de que a utilização de medicamentos no tratamento da dependência química é desnecessária e várias tentativas mal-sucedidas são feitas até o indivíduo reconhecer a ineficácia de seus pensamentos. “O processo de mudança é caracterizado por vários estágios de compreensão sobre o problema e da motivação para o tratamento”, diz Mara.
Drogas e alcoolismo – eliminação radical do vício
Nesta lição vamos aprender sobre os perigos e os danos ocultos que fazem o consumo de álcool e de substâncias entorpecentes.
Também veremos que qualquer tipo de vício pode ser curado radicalmente. Quando dizemos curar radicalmente estamos nos referindo a eliminar as causas psicológicas do vício, o que é muito diferente de apenas, como normalmente ocorre, reprimir o vício, o que deixa a pessoa vulnerável a recaídas.
Também veremos que qualquer tipo de vício pode ser curado radicalmente. Quando dizemos curar radicalmente estamos nos referindo a eliminar as causas psicológicas do vício, o que é muito diferente de apenas, como normalmente ocorre, reprimir o vício, o que deixa a pessoa vulnerável a recaídas.
O vício.
Qualquer tipo de vício é devido aos nossos defeitos psicológicos, nossos eus.
Esses eus se mantêm vivos e alimentam-se cada vez que cedemos ao vício, seja fumando um cigarro, ingerindo álcool ou utilizando algum outro tipo de entorpecente ou substância alucinógena.
Embora não seja especificamente tratado aqui, outros vícios como o jogo, a prostituição, o fumo, etc., têm a mesma causa, efeito e solução.
O mais grave é que sempre que é alimentado o ego vai ficando mais forte e com isso tem maior poder de controle sobre o viciado, agindo em sua psique e sobre seu organismo, obrigando essa pobre pessoa a voltar a cair no vício e assim tornar a alimentar esse defeito.
É fácil concluir que isso vai se tornando uma “bola de neve”, um problema que inicialmente era pequeno se transforma em algo totalmente sem controle.
Por esse motivo é que as pessoas tornam-se viciadas apenas experimentando poucas quantidades no inicio, pois crêem que podem largar o vício tão logo queiram.
Isso é um grande erro, pois mesmo com essas pequenas quantidades o defeito psicológico já é criado e alimentado e, muito lentamente, vai se robustecendo e evolvendo sua vítima até que tenha o controle sobre essa pessoa.
Quando a pessoa se dá conta do problema o vício já está muito forte.
Esses eus se mantêm vivos e alimentam-se cada vez que cedemos ao vício, seja fumando um cigarro, ingerindo álcool ou utilizando algum outro tipo de entorpecente ou substância alucinógena.
Embora não seja especificamente tratado aqui, outros vícios como o jogo, a prostituição, o fumo, etc., têm a mesma causa, efeito e solução.
O mais grave é que sempre que é alimentado o ego vai ficando mais forte e com isso tem maior poder de controle sobre o viciado, agindo em sua psique e sobre seu organismo, obrigando essa pobre pessoa a voltar a cair no vício e assim tornar a alimentar esse defeito.
É fácil concluir que isso vai se tornando uma “bola de neve”, um problema que inicialmente era pequeno se transforma em algo totalmente sem controle.
Por esse motivo é que as pessoas tornam-se viciadas apenas experimentando poucas quantidades no inicio, pois crêem que podem largar o vício tão logo queiram.
Isso é um grande erro, pois mesmo com essas pequenas quantidades o defeito psicológico já é criado e alimentado e, muito lentamente, vai se robustecendo e evolvendo sua vítima até que tenha o controle sobre essa pessoa.
Quando a pessoa se dá conta do problema o vício já está muito forte.
O álcool.
O vício do álcool traz terríveis conseqüências para o viciado. Além dos conhecidos malefícios que vão desde cirrose à alucinação e loucura, o álcool também é desastroso para a parte espiritual, pois possui o poder de reviver os defeitos psicológicos que já foram eliminados através da morte psicológica.
O mais perigoso é que o álcool é tratado como algo sociável, sempre presente em reuniões, festas, comemorações e até mesmo dentro dos lares, sem distinção de classe social ou cultural. Por toda parte se infiltra muito sutilmente o vício do álcool.
Com isso vemos a cada ano as pesquisas indicarem que a idade média para a ingestão da primeira dose de bebida alcoólica pelos jovens é cada vez menor.
A seguir transcrevemos alguns trechos do livro O Mistério do Áureo Florescer:
“Resulta palmário e manifesto que o álcool tende a eliminar a capacidade de pensar independentemente, já que estimula, fatalmente, a fantasia, e de julgar serenamente, assim como debilita, espantosamente, o sentido ético e a liberdade individual.
Os ditadores de todos os tempos, os tiranos não ignoram que é mais fácil governar e escravizar um povo de beberrões que um povo de abstêmios.
É igualmente sabido que, em estado de embriaguez, pode-se fazer aceitar a uma pessoa qualquer sugestão e cumprir atos contra seu decoro e sentido moral. É demasiado notória a influência do álcool sobre os crimes, para que haja necessidade de insistir nisso”.
O mais perigoso é que o álcool é tratado como algo sociável, sempre presente em reuniões, festas, comemorações e até mesmo dentro dos lares, sem distinção de classe social ou cultural. Por toda parte se infiltra muito sutilmente o vício do álcool.
Com isso vemos a cada ano as pesquisas indicarem que a idade média para a ingestão da primeira dose de bebida alcoólica pelos jovens é cada vez menor.
A seguir transcrevemos alguns trechos do livro O Mistério do Áureo Florescer:
“Resulta palmário e manifesto que o álcool tende a eliminar a capacidade de pensar independentemente, já que estimula, fatalmente, a fantasia, e de julgar serenamente, assim como debilita, espantosamente, o sentido ético e a liberdade individual.
Os ditadores de todos os tempos, os tiranos não ignoram que é mais fácil governar e escravizar um povo de beberrões que um povo de abstêmios.
É igualmente sabido que, em estado de embriaguez, pode-se fazer aceitar a uma pessoa qualquer sugestão e cumprir atos contra seu decoro e sentido moral. É demasiado notória a influência do álcool sobre os crimes, para que haja necessidade de insistir nisso”.
As drogas.
O problema das drogas é outro flagelo que atinge a humanidade, sobretudo a juventude.
Foram investidas gigantescas somas, mas nem os governos e nem a ciência conseguem encontrar uma solução para o problema que a cada dia torna-se mais grave e atinge a todas as classes.
Somente como aprenderemos nesta lição é que se poderá resolver esse problema de forma radical e definitiva.
O problema do vício é interno e psicológico e deve ser combatido nesse terreno.
Os efeitos da droga são tão devastadores como o do álcool, porém seus estragos são sentidos bem mais cedo.
Foram investidas gigantescas somas, mas nem os governos e nem a ciência conseguem encontrar uma solução para o problema que a cada dia torna-se mais grave e atinge a todas as classes.
Somente como aprenderemos nesta lição é que se poderá resolver esse problema de forma radical e definitiva.
O problema do vício é interno e psicológico e deve ser combatido nesse terreno.
Os efeitos da droga são tão devastadores como o do álcool, porém seus estragos são sentidos bem mais cedo.
Como se livrar radicalmente do vício?
Felizmente dentro do ser humano existe um poder latente capaz de extirpar de seu interior qualquer tipo de vício.
Como você já deve estar imaginando, se o vício é devido aos defeitos psicológicos o meio para eliminá-lo é a morte psicológica.
Além da dependência psicológica que o vício acarreta, um outro problema para eliminar esses vícios de drogas, álcool, fumo, etc. é a dependência química, pois o organismo do viciado ficou condicionado a trabalhar com estas substâncias.
Por isso na maioria das vezes não é possível deixar o vício imediatamente, e nestes casos o mais indicado é combinar o trabalho da morte psicológica com a redução gradual da substância do qual se é dependente.
Vejamos abaixo um exemplo que pode ser utilizado na prática:
Suponhamos que determinada pessoa esteja habituada a ingerir por dia não menos que 20 copos de bebida alcoólica.
Esta pessoa deveria se disciplinar para, durante uma semana, ingerir no máximo 19 copos de bebida por dia, e toda vez que esta pessoa sentir vontade ou sequer pensar em beber além disso, ela aplicará a morte psicológica nestes defeitos.
Na semana seguinte a pessoa passará a ingerir no máximo 18 copos de bebida por dia e, novamente, toda vez que esta pessoa sentir vontade de beber além disso aplicará a morte psicológica.
E assim continuará, semana após semana, até quando não esteja consumindo nenhuma quantidade de bebida alcoólica.
Seguindo essa disciplina a pessoa não só irá deixar de beber, como também não mais sentirá nenhuma vontade de fazê-lo.
O que se necessita é que a pessoa realmente queira mudar e passe a se dedicar a isso imediatamente e continuamente.
Dessa forma seguramente se livrará do vício, por mais forte que este seja
Como você já deve estar imaginando, se o vício é devido aos defeitos psicológicos o meio para eliminá-lo é a morte psicológica.
Além da dependência psicológica que o vício acarreta, um outro problema para eliminar esses vícios de drogas, álcool, fumo, etc. é a dependência química, pois o organismo do viciado ficou condicionado a trabalhar com estas substâncias.
Por isso na maioria das vezes não é possível deixar o vício imediatamente, e nestes casos o mais indicado é combinar o trabalho da morte psicológica com a redução gradual da substância do qual se é dependente.
Vejamos abaixo um exemplo que pode ser utilizado na prática:
Suponhamos que determinada pessoa esteja habituada a ingerir por dia não menos que 20 copos de bebida alcoólica.
Esta pessoa deveria se disciplinar para, durante uma semana, ingerir no máximo 19 copos de bebida por dia, e toda vez que esta pessoa sentir vontade ou sequer pensar em beber além disso, ela aplicará a morte psicológica nestes defeitos.
Na semana seguinte a pessoa passará a ingerir no máximo 18 copos de bebida por dia e, novamente, toda vez que esta pessoa sentir vontade de beber além disso aplicará a morte psicológica.
E assim continuará, semana após semana, até quando não esteja consumindo nenhuma quantidade de bebida alcoólica.
Seguindo essa disciplina a pessoa não só irá deixar de beber, como também não mais sentirá nenhuma vontade de fazê-lo.
O que se necessita é que a pessoa realmente queira mudar e passe a se dedicar a isso imediatamente e continuamente.
Dessa forma seguramente se livrará do vício, por mais forte que este seja
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Manifestação reivindica direito a parto domiciliar em SP

Cerca de 500 mulheres protestam na tarde deste domingo em São Paulo, em defesa do parto domiciliar. As manifestantes se reuniram perto da Avenida Paulista e caminham pela Rua da Consolação até a Praça da República, na região central da cidade.
O ato teve início às 15h30 deste domingo e causou congestionamento. O grupo caminhou pela Avenida Paulista, ocupando a faixa de ônibus e provocando lentidão 2,4 km de filas entre o acesso para a Avenida Doutor Arnaldo e a Avenida Rebouças até a Rua Oswaldo Cruz. Por volta das 16h15, as manifestantes ocupavam duas faixas da Rua da Consolação, sentido centro.
O ato teve início às 15h30 deste domingo e causou congestionamento. O grupo caminhou pela Avenida Paulista, ocupando a faixa de ônibus e provocando lentidão 2,4 km de filas entre o acesso para a Avenida Doutor Arnaldo e a Avenida Rebouças até a Rua Oswaldo Cruz. Por volta das 16h15, as manifestantes ocupavam duas faixas da Rua da Consolação, sentido centro.
A Polícia Militar acompanha a caminhada e informa que é um movimento pacífico.
O NASCIMENTO TAMBÉM TEM SUA HISTÓRIA
Todos nós sentimos que estamos em uma etapa decisiva do futuro da humanidade. Mesmo se acharmos que a prática generalizada da fecundação "in vitro" e de mães de substituição não é para agora, as modificações que ocorreram neste últimos anos foram bastante significativas.
O profissional que se dedica ao nascimento e que é sensível à sua problemática não pode ficar indiferente e deixar de se interrogar sobre o que se passa sob seus olhos. O presente e o passado são objeto de sua curiosidade. Como eram as práticas culturais que acompanhavam os nascimentos? Somos solidários de um passado que conhecemos mal. Existe, entretanto, uma certeza: nós somos, em maior ou menor grau, condicionados por ele. Os hábitos e comportamentos, as práticas dos tempos passados influenciam ainda, às vezes mais do que pensamos, os comportamentos atuais.
Passaram-se dois séculos de medicalização do parto. Durante esse período a tendência, os esforços foram realizados no sentido de retirar da assistência ao parto tudo o que não fosse estritamente relacionado ao biológico e à arte médica. Medidas tomadas priorizavam a higiene pensando em favorecer o indivíduo. Ficaram esquecidos os aspectos espirituais, psicológicos e sociais. Um exemplo que ilustra muito bem essa tendência foi a criação de berçários para recém-nascidos normais que condicionou longo tempo de separação entre mãe e filho.
Vivemos numa época caracterizada pelo consumismo, que por sua vez, leva ao materialismo, à confiança na tecnologia, à perda da individualidade, ao conforto que estabiliza e impede o indivíduo de arriscar e criar novas situações, que transformou o homem num simples "objeto" de consumo, que amortiza as consciências. Na família, poucos filhos, o divórcio (nos USA de cada dois casamentos, um termina em divórcio). Liberdade sexual que se seguiu à anti-concepção.
Todos esses fatores influem de forma direta ou indireta sobre o nascimento. Humanizar o parto é respeitar e criar condições para que todas as dimensões do ser humano sejam atendidas: espirituais, psicológicas, biológicas e sociais.
A mulher é um animal racional. Nada que é humano é puramente corporal, assim como nada é puramente espiritual. O corpo (soma, em grego) e o espírito (psiché) estão simultaneamente presentes.
A mulher é um animal racional. Nada que é humano é puramente corporal, assim como nada é puramente espiritual. O corpo (soma, em grego) e o espírito (psiché) estão simultaneamente presentes.
Nas questões relativas ao parto não só os médicos deveriam ser ouvidos mas antes de tudo a mulher que faz a experiência de dar à luz.
A colaboração de outros profissionais que em seu campo de pesquisa e trabalho privilegiam a condição feminina viria enriquecer e reforçar as mudanças que se fazem necessárias nessa área. Lembramos das assistentes sociais, psicólogos, sociólogos, antropólogos, enfermeiras-obstétricas, parteiras tradicionais.
O nascimento não é um mecanismo de "fabricação" de crianças. É um processo de criação.
A colaboração de outros profissionais que em seu campo de pesquisa e trabalho privilegiam a condição feminina viria enriquecer e reforçar as mudanças que se fazem necessárias nessa área. Lembramos das assistentes sociais, psicólogos, sociólogos, antropólogos, enfermeiras-obstétricas, parteiras tradicionais.
O nascimento não é um mecanismo de "fabricação" de crianças. É um processo de criação.
AS TRÊS DIMENSÕES DO PARTO
A dimensão espiritual se consubstancia no grande mistério da eclosão da vida. É o momento em que se sente a presença de Deus, autor da vida.
Momento sagrado. Momento de dom. Momento de alegria.
De onde viemos? Para onde vamos? Por que vivemos?
Pergunta eterna dos seres humanos.
A vida criada por Deus é única. Cada ser tem suas características próprias, sua individualidade que jamais poderá ser encontrada em outro ser.
A Bíblia se nos apresenta alguns trechos que aqui são relembrados:
Jeremias Cap. 1 - Vers. 5:
"Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei".
Salmo 138 - (13-14-15):
"Fostes vós que plasmastes as entranhas do meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe.
Sede bendito por me haverdes feito de modo tão maravilhoso.
Pelas vossas obras tão extraordinárias, conheceis até o fundo a minha alma. Nada da minha substância vos é oculto quando fui formado ocultamente, quando fui tecido nas entranhas subterrâneas".
Ainda na Bíblia encontramos nascimentos impossíveis de explicar do ponto de vista puramente humano e biológico. Assim foi o nascimento de Isaac, filho de Abrãao e Sara e de João Baptista, filho de Isabel e Zacarias, e de Jesus filho de Maria, virgem e mãe.
Não menos famosa é a sentença de Deus à Eva: "Darás à luz com dor".
Essas palavras estão presentes em nossos hospitais e maternidades na entrada do 3º milênio quando observamos a realidade da assistência que é prestada à mulher parturiente.
Embora a dor durante o parto seja uma realidade, existe mil e uma maneiras de minimizá-la de forma natural sem o auxílio de medicamentos e intervenções cirúrgicas. Mais adiante falaremos sobre esses procedimentos.
DIMENSÃO PSICOLÓGICA
Ternura
Este sentimento está presente nas pessoas "doces", ele é fruto do amor e da não violência. O sentimento não se aprende, não se ensina, como se ensinam as técnicas de assistência ao parto. É com ternura que precisamos assistir a mãe e a criança.
Confiança
Este sentimento que deve existir entre a parturiente e a pessoa que assiste o parto é também fruto do amor.
A mulher tende a relaxar quando confia plenamente na pessoa que a está assistindo e o parto então acontece com mais facilidade.
A confiança e a compreensão podem substituir o medo.
A emoção negativa causada pelo medo é substituída pela emoção positiva e pelo entusiasmo favoráveis ao esforço concentrado com o objetivo de concretizar e completar em toda a simplicidade fisiológica a mais bela das aventuras humanas.
Coragem
Bravura em face do perigo.
Intrepidez, ousadia.
Resolução, franqueza, desembaraço.
Perseverança, constância e firmeza.
A mãe corajosa consegue com o auxilio da parteira ou do médico afastar todos os seus medos.
Medo da dor.
Medo da criança não ser perfeita.
Medo de não ter leite suficiente para amamentar.
Medo de não ter capacidade para criar seu filho.
Medo de morrer...e tantos outros medos.
DIMENSÃO BIOLÓGICA
Nesta dimensão se inclui o preparo físico da mulher durante a gestação.
Em geral o pré-natal oferece essa possibilidade nas ações que desenvolve.
Verificação da pressão arterial, controle do peso corpóreo, desenvolvimento do feto, exames laboratoriais e de ultra-sonografia. Orientação para as queixas comuns à gestante: vômitos, tonturas...etc. A mãe deve receber esclarecimentos e conhecimentos que irão beneficiá-la como: noções de anatomia e fisiologia, desenvolvimento do feto, cuidados durante a gestação, parto, puerpério, aleitamento materno e cuidados com o recém-nascido.
Às vezes o espaço de nove meses se torna insuficiente para assimilar todos os conhecimentos necessários, principalmente quando ela está esperando seu primeiro filho.
Um incorreto comportamento físico e psíquico das parturientes pode ser suscetível de aumentar muito as dificuldades do parto e as tem aumentado na realidade.
É nesse contexto de pré-natal que o médico poderia descer do seu pedestal de semi-deus e conversar com a gestante de igual para igual, trocar idéias e experiências, aprender com a mulher e orientar quando necessário.
Enfim, deixar de lado a máscara de onipotência, de único depositário do saber, enfim, transformar-se em um ser humano, comum, amigo e conselheiro.
O médico deveria estabelecer com a gestante uma relação de parceria em um projeto cujo objetivo seria o desenlace feliz da gravidez.
A MULHER E A CRIANÇA: UMA RELAÇÃO DE AJUDA
Esse fato exige uma certa mudança de conceito da nossa filosofia sobre o parto.
A relação de ajuda pressupõe que a mulher deve ficar ativa durante o parto. Nos parece realmente difícil ajudar, ou melhor, auxiliar alguém passivo. Neste caso, faríamos, as coisas em seu lugar ao contrário de auxiliá-la.
A relação de ajuda parece igualmente compatível com o poder de escolher conferido à mulher. Quer se trate do profissional que virá assisti-la ou das pessoas que estarão presentes ela tem o direito de orientar o acontecimento segundo seus desejos e suas necessidades.
A ajuda nos conduz para um terreno de relações não autoritárias, ao contrário do que observamos atualmente, onde tudo é decidido de fora para dentro, isto é, independentemente dos principais interessados, que são a mãe e seu filho que está para nascer.
Podemos representar o parto como um anel de uma grande corrente.
Na gravidez há uma relação entre mãe e criança que começou bem antes e que vai continuar bem depois do parto.
Na gravidez há uma relação entre mãe e criança que começou bem antes e que vai continuar bem depois do parto.
Nesse sentido, a pessoa que atende a parturiente deve estar consciente, de que aquele é um momento na vida da criança e que são os pais que imaginaram e conceberam aquele ser muito tempo antes e que estarão com ele muito tempo depois durante toda a sua vida.
Assim, quem assiste o parto deve compartilhar com os pais todas as decisões daquele momento.
Devolver à mãe a confiança em sua capacidade de dar à luz.
Olhar a futura mãe em toda sua dignidade de mulher.
Olhar a futura mãe em toda sua dignidade de mulher.
Mudar o eixo de atenção do parto centrado na equipe de saúde (médicos e auxiliares) para a mulher em trabalho de parto.
A FAMÍLIA
A presença de um membro da família durante o trabalho de parto é muito reconfortante. A parturiente se sente mais segura e confiante.
Deixar a parturiente escolher quem lhe tem mais amor e amizade.
Observamos nas tribos indígenas que todos os membros se reúnem, cantam e dançam durante o nascimento da criança. Desde o cacique, o Pajé até as crianças.
É a sociedade acolhendo seu novo membro a sua esperança no futuro. Não podemos esquecer dos avós e dos tios.
Um longo estudo seria necessário para "dissecar" as razões pelas quais o pai é, até os nossos dias, sistematicamente excluído do acontecimento. Mereceria um livro à parte. Mas como o nosso objetivo neste livro é outro, diria apenas: devemos criar mecanismos para integrá-lo cada vez mais em todo o processo.Deixar a parturiente escolher quem lhe tem mais amor e amizade.
Observamos nas tribos indígenas que todos os membros se reúnem, cantam e dançam durante o nascimento da criança. Desde o cacique, o Pajé até as crianças.
É a sociedade acolhendo seu novo membro a sua esperança no futuro. Não podemos esquecer dos avós e dos tios.
É como uma peça representada no teatro, na qual um dos principais personagens está totalmente ausente. Permanece o vácuo.
HOSPITAL MATERNIDADE
Em muitos deles os funcionários estão sobrecarregados, indiferentes, desmotivados e rotineiros nas suas atitudes. São eles que representam em qualquer categoria profissional, os depositários dos procedimentos que são transmitidos na prática de uns para os outros, incluindo desde os portadores de escolaridade de 1º e 2º grau, até os de nível universitário.
Aprendendo a teoria na escola, quando chegam na prática, no exercício profissional, encontram as rotinas já estabelecidas. Estas só podem ser questionadas em ambiente que não for de acomodação e de indiferença.
Mudar exige um esforço e tem como mola propulsora melhorar o atendimento. Quem estaria interessado? As rotinas não são questionadas. A mulher e a criança não são acompanhadas após sua saída da maternidade ou, se o são, outros profissionais acompanham, não os mesmos que assistiram o parto, o que dificulta a avaliação do certo ou errado que ocorreu durante o parto. Alguns procedimentos "não oficiais" dos nossos hospitais públicos são motivo de profundo questionamento.
O principal deles é recusar a admissão. Foi perguntado à futura mãe a distância entre sua residência e o hospital? Teria sido examinada para avaliação de seu estado clínico antes de receber a recusa? A avaliação de uma mulher em trabalho de parto necessita de tempo em horas para observação da evolução.
Os profissionais capacitados sabem que a evolução do trabalho de parto é imprevisível.
Os profissionais capacitados sabem que a evolução do trabalho de parto é imprevisível.
Mandar uma mãe embora por simples falta de vaga não é a solução. O trabalho de parto pode evoluir rapidamente. Se ela mora longe, pode não ter o tempo necessário de ir e voltar para dar à luz ou então, quando chega, em casa, precisa novamente voltar para o hospital, ficando em trabalho de parto durante todo o trajeto que é realizado com mais freqüência em condução coletiva (ônibus, metrô, etc.)
Nesse vai e vem aumenta o risco de anoxia do recém-nascido e suas conseqüências, como a paralisia cerebral.
Nesse vai e vem aumenta o risco de anoxia do recém-nascido e suas conseqüências, como a paralisia cerebral.
Quando ela é recusada em um único hospital e aceita no próximo que procura se dá por satisfeita. Entretanto, ela às vezes é recusada em vários hospitais percorrendo um verdadeiro calvário.
"Darás à luz com dor". (Gênesis)
"Darás à luz com dor". (Gênesis)
O PARTO DOMICILIAR
Este capítulo merece um segundo prólogo explicativo. Nasci de parto natural em casa e, embora tenha insistido com minha mãe várias vezes para que me contasse como tinha sido ele era em vão. Ela não se lembrava de nada com exceção de um pequeno detalhe que repetia todas as vezes que a pergunta sobre o parto era feita. Assim dizia ela:
- Ah! Me lembro, seu pai entrou no quarto e exclamou: Como ela é bonitinha!
- Ah! Me lembro, seu pai entrou no quarto e exclamou: Como ela é bonitinha!
Bom, "quem ama o feio, bonito lhe parece", diz o velho ditado. Mas, o que posso constatar pelas poucas fotografias da época, eu era bonita mesmo.
Mais tarde, muito mais tarde, ao defender minha tese de doutorado e livre docência, tinha como prova didática uma aula a ser ministrada aos professores da faculdade. O tema da minha tese, Aleitamento Materno: Passei um filme sobre parto em casa que mostrava as vantagens e o sucesso do aleitamento quando iniciado logo após o parto nessa proximidade constante entre a mãe e seu bebê.
O parto domiciliar veio a mim e não eu a ele.
Mais tarde, muito mais tarde, ao defender minha tese de doutorado e livre docência, tinha como prova didática uma aula a ser ministrada aos professores da faculdade. O tema da minha tese, Aleitamento Materno: Passei um filme sobre parto em casa que mostrava as vantagens e o sucesso do aleitamento quando iniciado logo após o parto nessa proximidade constante entre a mãe e seu bebê.
O parto domiciliar veio a mim e não eu a ele.
Quando estudei na faculdade não se falava dele, ele era excluído, proscrito, mal falado mesmo, jamais comentado.
Foi quando um dia eu estava na sala de parto do Amparo Maternal e minha mestra M. Domineuc tinha acabado de assistir um parto. Olhou para mim, seus olhos sempre brilhando como duas estrelas e sua face banhada de paz e disse:
- Marília, este poderia ter nascido em casa muito bem.
Terminando, não acredito em destino, nem acaso mas em Deus, que vai iluminando o nosso caminho.
Fui para Montreal para fazer pós-doutorado em atenção primária à saúde. Encontro lá um grupo de parteiras leigas decididas e corajosas, e na companhia delas, assisti partos em casa e conversei com as mães que faziam essa opção. Foi observando a prática e não ficando apenas na teoria que tirei conclusões importantes a respeito da humanização do parto.
Foi quando um dia eu estava na sala de parto do Amparo Maternal e minha mestra M. Domineuc tinha acabado de assistir um parto. Olhou para mim, seus olhos sempre brilhando como duas estrelas e sua face banhada de paz e disse:
- Marília, este poderia ter nascido em casa muito bem.
Terminando, não acredito em destino, nem acaso mas em Deus, que vai iluminando o nosso caminho.
Fui para Montreal para fazer pós-doutorado em atenção primária à saúde. Encontro lá um grupo de parteiras leigas decididas e corajosas, e na companhia delas, assisti partos em casa e conversei com as mães que faziam essa opção. Foi observando a prática e não ficando apenas na teoria que tirei conclusões importantes a respeito da humanização do parto.
Voltando ao Brasil assisti alguns partos em casa, inclusive dos meus dois netinhos nascidos em 1996 e 1998. Decidi vencer o medo e atravessar o mar agitado no meu frágil barquinho. Porque o parto é considerado por inúmeros autores como a travessia do mar e do oceano. O barco sai do porto sem saber claramente o que vai encontrar pela frente.
Assim venci meus medos. Não havia ninguém para dividir as responsabilidades. Se algo acontecesse, como pode também, acontecer e acontece no hospital, tudo recairia sobre mim. Felizmente nada aconteceu e as mães e as crianças estão muito bem, obrigada. O parto em casa preenche de maneira particular as necessidades psicológicas e sociais.
Permite a participação e a presença ativa do pai ou companheiro, não como mero espectador, mas como agente construtor do nascimento do seu filho.
Dar à luz como desejamos, onde e com quem queremos é um direito fundamental. Para as mulheres com saúde, o parto em casa é uma opção entre outras e que pode ser considerada por muitos "como uma loucura". Entretanto, a sociedade foi condicionada a assim pensar de algumas décadas para cá. Até os anos 50 a maioria das mulheres davam à luz em casa, no aconchego do lar.
Dar à luz como desejamos, onde e com quem queremos é um direito fundamental. Para as mulheres com saúde, o parto em casa é uma opção entre outras e que pode ser considerada por muitos "como uma loucura". Entretanto, a sociedade foi condicionada a assim pensar de algumas décadas para cá. Até os anos 50 a maioria das mulheres davam à luz em casa, no aconchego do lar.
UMA ESCOLHA
A possibilidade de escolher o local do parto é extremamente importante. A situação de monopólio da assistência ao parto pelos hospitais e maternidades que ocorre na atualidade jamais beneficia o consumidor, muito pelo contrário. Em um contexto onde existe possibilidade de escolha, cada lugar deve oferecer condições de segurança e de auxílio semelhante ao outro. Em países como o Canadá, certas opções oferecidas em alguns hospitais maternidades apareceram para concorrer ao conforto e à liberdade proporcionadas pelo parto em casa.
O verdadeiro sentido do nascimento foi se perdendo pouco a pouco nos meandros das regras e condutas institucionais.
A liberdade que a casa proporciona ao casal durante o trabalho de parto permite a ele reencontrar o verdadeiro sentido desse acontecimento e realizá-lo da forma que mais lhe convém.
Mulheres sadias decidem dar à luz em suas casas e casais ousam cuidar de seus filhinhos segundo seu instinto, afetuosamente, acompanhados de profissionais "observadores" que deixam que os pais definam suas necessidades e prioridades.
A liberdade que a casa proporciona ao casal durante o trabalho de parto permite a ele reencontrar o verdadeiro sentido desse acontecimento e realizá-lo da forma que mais lhe convém.
Mulheres sadias decidem dar à luz em suas casas e casais ousam cuidar de seus filhinhos segundo seu instinto, afetuosamente, acompanhados de profissionais "observadores" que deixam que os pais definam suas necessidades e prioridades.
Um número reduzido de médicos assistem partos em casa mas são as parteiras em sua grande maioria que acompanham os casais nessa escolha.
As mulheres que decidem dar à luz em casa são freqüentemente objeto de pressões injustas de efeitos profundamente negativos. Muitas vezes são obrigadas a esconder o fato de familiares e amigos. Sei mesmo do caso de uma parturiente que foi ameaçada pelos vizinhos que chegaram ao absurdo de chamar a polícia.
O desaparecimento do parto em casa (como está acontecendo em muitas regiões brasileiras) rompe uma grande cadeia formada por mulheres que, no decorrer dos tempos, puseram seus filhos no mundo em seu próprio lar, provando com esse fato que o parto é um ato natural.
As mulheres que decidem dar à luz em casa são freqüentemente objeto de pressões injustas de efeitos profundamente negativos. Muitas vezes são obrigadas a esconder o fato de familiares e amigos. Sei mesmo do caso de uma parturiente que foi ameaçada pelos vizinhos que chegaram ao absurdo de chamar a polícia.
O desaparecimento do parto em casa (como está acontecendo em muitas regiões brasileiras) rompe uma grande cadeia formada por mulheres que, no decorrer dos tempos, puseram seus filhos no mundo em seu próprio lar, provando com esse fato que o parto é um ato natural.
A questão: - Por que dar à luz em casa? Deveria ser precedida por uma pergunta não menos importante: - Por que dar à luz no hospital?
Nenhum estudo demonstrou que dar à luz no hospital contribuiu para melhorar a condição da mulher sadia. Existem, sim, fatos que comprovam que a saúde da mãe e da criança pode melhorar e muito com uma boa alimentação, com a qualidade do saneamento básico (esgoto, água e instalações sanitárias), com melhores condições de vida em geral, com a descoberta de métodos contraceptivos isentos de efeitos secundários e o aperfeiçoamento das leis de proteção à mulher.
Nenhum estudo demonstrou que dar à luz no hospital contribuiu para melhorar a condição da mulher sadia. Existem, sim, fatos que comprovam que a saúde da mãe e da criança pode melhorar e muito com uma boa alimentação, com a qualidade do saneamento básico (esgoto, água e instalações sanitárias), com melhores condições de vida em geral, com a descoberta de métodos contraceptivos isentos de efeitos secundários e o aperfeiçoamento das leis de proteção à mulher.
A partir dos anos 50 um grande movimento de hospitalização se expandiu em todas as áreas da saúde. Como a classe médica acredita que qualquer parto oferece sempre uma margem de risco, o nascimento não teve como escapar a essa nova tendência.
O controle da medicina sobre os nascimentos se apóia sobre o desejo dos pais de fazer o melhor para seus filhos e sobre a ignorância desses pais em relação ao fato em si (todo o processo da gravidez, parto e puerpério). Essa ignorância é mantida por aqueles que têm interesse em permanecer os "experts" na assistência à mulher grávida, aos quais todos devem obedecer.
O controle da medicina sobre os nascimentos se apóia sobre o desejo dos pais de fazer o melhor para seus filhos e sobre a ignorância desses pais em relação ao fato em si (todo o processo da gravidez, parto e puerpério). Essa ignorância é mantida por aqueles que têm interesse em permanecer os "experts" na assistência à mulher grávida, aos quais todos devem obedecer.
Essa forma de controle que nunca aconteceu antes é possível porque tem suas raízes no medo que é tão velho como a humanidade. O medo do nascimento, semelhante ao medo eterno e universal da morte.
Os argumentos contra o parto em casa são os mais variados. Um dos mais expressivos é o de que em casa a infecção por micróbios patogênicos é muito maior, quando, na realidade se sabe que um dos grandes riscos que o bebê corre nos dias de hoje é o de contrair a infecção hospitalar.
As infecções por stafilococos jamais ocorreram nas casas, enquanto são muito freqüentes nos hospitais, trazendo sérias conseqüências para o bebê. Tomamos conhecimento através dos jornais de episódios recentes nos quais quase uma centena de recém-nascidos perderam a vida em virtude de epidemias nas maternidades. Nem sempre as notícias são publicadas, e as mortes continuam a ocorrer silenciosamente e sem alardes jornalísticos.
Os argumentos contra o parto em casa são os mais variados. Um dos mais expressivos é o de que em casa a infecção por micróbios patogênicos é muito maior, quando, na realidade se sabe que um dos grandes riscos que o bebê corre nos dias de hoje é o de contrair a infecção hospitalar.
As infecções por stafilococos jamais ocorreram nas casas, enquanto são muito freqüentes nos hospitais, trazendo sérias conseqüências para o bebê. Tomamos conhecimento através dos jornais de episódios recentes nos quais quase uma centena de recém-nascidos perderam a vida em virtude de epidemias nas maternidades. Nem sempre as notícias são publicadas, e as mortes continuam a ocorrer silenciosamente e sem alardes jornalísticos.
O médico garante no hospital o parto perfeito e o bebê perfeito. "... Não se preocupe, mãe, nós nos ocuparemos de tudo". A idéia do nascimento no hospital, em um local onde a equipe de saúde "se ocupa de tudo" pode dar a falsa impressão de que o casal não tem também uma parte de responsabilidade no ato do nascimento.
Essa idéia coloca o pai e a mãe do bebê em uma atitude passiva, na qual a colaboração deles parece impossível e muitas vezes indesejável. Essa filosofia teve como resultado a multiplicação incontrolável de intervenções inúteis e o desespero de muitos casais que, lesados, procuram os responsáveis pelas imperfeições que foram obrigados a aceitar e conviver, às vezes pelo resto da vida.
Essa idéia coloca o pai e a mãe do bebê em uma atitude passiva, na qual a colaboração deles parece impossível e muitas vezes indesejável. Essa filosofia teve como resultado a multiplicação incontrolável de intervenções inúteis e o desespero de muitos casais que, lesados, procuram os responsáveis pelas imperfeições que foram obrigados a aceitar e conviver, às vezes pelo resto da vida.
É surpreendente que suspeitas sejam levantadas sobre os nascimentos que ocorrem nas casas e não se faça o mesmo sobre o que está acontecendo nos hospitais. Entretanto, riscos existem e são numerosos.
O primeiro contato do bebê com o nosso mundo dentro do ambiente hospitalar se faz na maioria das vezes em meio a indiferença, tensão e nervosismo. Pessoas que não mantêm laços afetivos com a família e, portanto, estranhas, recebem o bebê, o manipulam, levam de cá para lá, como se ele fosse uma "coisa", um objeto, não um ser profundamente sensível e sujeito às influências do meio.
Seus gritos parecem dizer: "Leve-me de volta para os braços de minha mãe ou então para os braços de alguém que tenha amor por mim".
O primeiro contato do bebê com o nosso mundo dentro do ambiente hospitalar se faz na maioria das vezes em meio a indiferença, tensão e nervosismo. Pessoas que não mantêm laços afetivos com a família e, portanto, estranhas, recebem o bebê, o manipulam, levam de cá para lá, como se ele fosse uma "coisa", um objeto, não um ser profundamente sensível e sujeito às influências do meio.
Seus gritos parecem dizer: "Leve-me de volta para os braços de minha mãe ou então para os braços de alguém que tenha amor por mim".
Enquanto o bebê grita e esperneia, mede-se a sua estatura, pesa-se, tira-se as impressões plantares, aplica-se uma injeção no músculo, aspira-se as mucosidades com fortes aparelhos elétricos de sucção, tudo em nome de uma ciência, de uma tecnologia jamais reavaliada.
Existe demasiada confiança na aparelhagem especializada que não é capaz de avaliar e de tomar decisões.
Existe demasiada confiança na aparelhagem especializada que não é capaz de avaliar e de tomar decisões.
O primeiro aconchego do bebê com a mãe, o primeiro olhar para os pais, o tempo de espera para o primeiro contato e conhecimento mútuo não entra em cogitação. A pressa é a "senhora absoluta" da situação. É preciso mandar a mãe para a cama, limpar a sala e os instrumentos, terminar tudo rapidamente.
Os efeitos perversos da tecnologia são numerosos. Uma intervenção não justificada desencadeia freqüentemente muitas outras, cada uma com seus efeitos negativos e posteriormente perigosos para a saúde da mãe e do seu bebê.
Os efeitos perversos da tecnologia são numerosos. Uma intervenção não justificada desencadeia freqüentemente muitas outras, cada uma com seus efeitos negativos e posteriormente perigosos para a saúde da mãe e do seu bebê.
No hospital, preciosas informações são perdidas, entre as observações feitas pela enfermeira do dia, a da noite, o estudante de medicina, o residente e o médico que quase sempre chega no último momento. A fragmentação do trabalho, os inevitáveis problemas de hierarquia, as relações de trabalho entre os membros da equipe de saúde de variadas personalidades atrapalham a comunicação sempre tão necessária para que se chegue a um diagnóstico efetivo do que está ocorrendo com a parturiente.
De fato o hospital é uma invenção do século XX e já não é sem tempo que se faça uma avaliação do seu desempenho individual e coletivo.
Quanto mais partos eu assisto, em casa ou no hospital, mais eu me convenço que o lugar mais natural para dar à luz, quando se está sadio, é no seu próprio lar.
De fato o hospital é uma invenção do século XX e já não é sem tempo que se faça uma avaliação do seu desempenho individual e coletivo.
Quanto mais partos eu assisto, em casa ou no hospital, mais eu me convenço que o lugar mais natural para dar à luz, quando se está sadio, é no seu próprio lar.
É TÃO SIMPLES
O nascimento em casa é a continuidade com a vida da qual ele é o início. É o gesto deliberado de pessoas preocupadas com o bem-estar indissociável da criança que vai nascer e sua mãe. Pessoas que escolheram ser responsáveis por esse ato.
O hospital e o sistema de saúde não apenas se apoderaram do aspecto médico do nascimento como também esvaziaram o sentido que esse acontecimento tem para cada pessoa. É esse sentido que nós podemos reencontrar, celebrar, exprimir quando o parto é realizado no próprio lar.
Rahima Badwin diz do nascimento em casa: "A força motora da nova corrente de opiniões que prioriza o parto em casa se apóia na tomada de consciência de que, para estar vivendo plenamente, devemos participar plenamente em tudo aquilo que fazemos. Estar em plena consciência de nossas emoções, nosso senso de responsabilidade, nossa capacidade de tomar decisões em dada ação de nossa vida e de forma mais particular num acontecimento tão importante como o nascimento.
O parto em casa tem muitas vantagens: liberdade de movimentos, segurança, privacidade e condições excepcionais de acolhida do bebê. As razões que recomendam o parto em casa são da ordem de três categorias: segurança, reconhecimento de necessidades afetivas e autonomia. Estas razões na realidade estão intimamente interligadas. Passaremos a analisá-las separadamente.
SEGURANÇA: ultimamente têm se multiplicado os casos de troca de crianças nos hospitais e maternidades. Outra ocorrência muito séria, porém mais rara, é o rapto e desaparecimento como o que ocorreu em Brasília com a criança chamada Pedrinho.
A violência explode da sociedade para dentro da sala de parto. Ela está presente no atendimento à parturiente. Sabe-se que a violência se manifesta não só por atos de agressão física. Ela tem seu início em palavras e frases. Quando a mulher reclama das dores escuta invariavelmente uma frase: "Estava bom na hora de fazer, agora agüenta", além de outras agressões verbais que, ao enumerá-las, preencheria páginas e páginas deste livro.
A violência se reveste das máscaras mais variadas: indiferença, frieza, cinismo, polidez disfarçada, palavras ditas com segundas intenções mas que ferem a dignidade da mulher. Se fôssemos ouvir as estórias das mulheres que, por causa das suas, condições financeiras, deram à luz em serviços públicos não acreditaríamos ser verdade tanta falta de sensibilidade dos membros da equipe de saúde.
A cadeia de violência se inicia quando ela, em trabalho de parto, é recusada de um hospital após o outro. O pior da violência é nos acostumarmos com ela. É não ser capaz de distingui-la nos atos corriqueiros do dia-a-dia da sala de parto.
Quando a mulher é admitida quase que "por favor" e não por um direito absoluto de assistência fica passível de intervenções desnecessárias que são objeto de questionamentos, por serem inúteis e freqüentemente prejudiciais.
A cesárea sem uma indicação precisa constitui em si uma violência contra a mãe e a criança.
Quando limitamos em alguém a liberdade de se exprimir estamos praticando uma violência.
Devemos permitir à mãe, quando está em trabalho de parto:
- liberdade de escolher a posição em que quer dar à luz
- liberdade de emitir sons, isto é, falar, gritar, gemer, etc.
- liberdade de perguntar o que estão fazendo com ela, porque estão fazendo, como está evoluindo o seu trabalho de parto
- liberdade de orientar o acontecimento segundo seus desejos e suas necessidades.
Em casa, a mulher terá direito a cuidados personalizados e contínuos por parte de um profissional que a conhece, que seguiu atentamente a gravidez e que tem conhecimento dos problemas de saúde que poderão ocorrer durante o parto e que ficará junto dando apoio durante todo o decorrer do trabalho. Não será realizada nenhuma intervenção salvo aquelas que, com o consentimento do casal, forem razoáveis e necessárias.
RECONHECER AS NECESSIDADES AFETIVAS DA MÃE: constitui na atualidade entre muitos fatores o mais negligenciado.
A atmosfera afetuosa, íntima, cordial, é uma das condições primordiais de sucesso, porque ela auxilia a liberação dos hormônios que irão influir no trabalho de parto.
Nada é mais pessoal, individualizado do que acolher um bebê em sua própria casa. Ninguém acolhe um bebê como seus próprios pais. Desde seu primeiro minuto de vida ele é tratado como o indivíduo verdadeiramente único que é por pessoas que continuarão para sempre a se relacionar com ele.
Quando a mãe e o bebê estão pertinho um do outro ela pode amamentar por quanto tempo quiser e ele só deixará seu calor e aconchego (como o pintinho que fica embaixo das penas super macias de sua mamãe galinha) para ser colocado em um berço onde ela pode vê-lo, tocá-lo, tomá-lo em seus braços no momento que desejar e achar oportuno.
A família reunida no seu próprio meio, vive junto uma experiência maravilhosa que marca a existência e que tece ligações entre seus membros para sempre.
A QUEM PERTENCE O NASCIMENTO?
A AUTONOMIA é uma aspiração do ser humano adulto. Os pais, mesmo que às vezes inconscientemente, desejam se sentir os autores desse acontecimento tão importante em suas vidas. As mulheres que dão à luz em casa assumem essa responsabilidade e se recusam a ser pacientes que se submetem a regras determinadas. As "jovens mamães" se transformam em mulheres adultas e apoiadas por seus companheiros decidem dar à luz no "ninho" por elas preparado para o seu filho.
Os pais que fazem a escolha de dar à luz em casa não são contra a tecnologia mas acreditam que ela tem o seu lugar nos casos considerados excepcionais. Estão prontos a procurar um hospital quando um problema real se apresenta.
OS RISCOS DO NASCIMENTO EM CASA
Existem riscos que a mãe corre quando dá à luz em casa da mesma maneira que quando dá à luz no hospital. Nem um nem outro representam riscos em si mesmos. As pesquisas feitas com o objetivo de comparar a margem de segurança dos partos realizados em casa e nos hospitais chegam todas às mesmas conclusões: nos partos nos quais as condições são comparáveis, as taxas, de mortalidade e morbidade são iguais ou ligeiramente inferiores quando o parto é realizado em casa. Um dos estudos mais conhecidos de Lewis Mehl, médico da Califórnia, comparou o parto de 1.146 mulheres, semelhantes em idade, estado de saúde, situação sócio-econômica e número de filhos. O estudo de Holliday Tyson analisou os resultados de 1.001 partos em casa assistidos por parteira entre 1983 e 1988 em Toronto. Os resultados de sua pesquisa são muito claros: um parto em casa assistido por um profissional, estando a mãe no gozo de sua saúde, não apresenta mais riscos que um parto no hospital. Muitos pequenos detalhes se acumulam durante a gravidez e o trabalho de parto, aparentemente sem ligação entre eles, como pequenas manchas coloridas que, ao longo do tempo, vão se juntando e formando uma imagem, a imagem do parto. A parteira permanece atenta a tudo de forma a prever acontecimentos que poderiam ofuscar essa imagem. Se as ações realizadas no transcorrer do trabalho não conseguem o efeito desejado, uma transferência para o hospital pode ser realizada em tempo, antes que o problema se agrave. As verdadeiras urgências durante o parto, as que se apresentam sem serem previstas, são raras. Todo profissional que atende o parto em domicílio deve saber como lidar com as urgências, tais como: dificuldade respiratória do bebê ou uma hemorragia uterina materna. Para isso deverá contar com o equipamento necessário (oxigênio, máscara para reanimação, injeção de oxitocina, etc.). Quando for preciso transferir a mãe e o bebê para o hospital, as condições de ambos devem estar estáveis. CONTRA-INDICAÇÕES DO PARTO EM CASA O parto só pode ser realizado em casa se a mãe estiver gozando de saúde perfeita e quando o desenvolvimento da gravidez deixa prever um parto normal. Segue uma relação de condições de saúde que excluem a possibilidade de um parto em casa. Algumas dessas condições são perceptíveis desde a primeira visita; outras se desenvolvem durante a gravidez: - hipertensão crônica ou súbita - saúde precária incluindo problemas cardíacos, renais e pulmonares, problemas neurológicos e psiquiátricos sérios e toda outra condição de doença grave - cirurgia uterina anterior - anemia grave - diabetes - doença hipertensiva específica da gestação - retardo de crescimento intra-uterino (o desenvolvimento do bebê não está de acordo com a idade da gestação) - gêmeos - apresentação pélvica, quando a posição do bebê dentro do útero é de nádegas para baixo. A posição mais comum e que permite o parto em casa é a cefálica, na qual a cabeça se apresenta em primeiro lugar. Em todos os outros tipos de apresentação o parto em casa deve ser evitado - trabalho de parto prematuro (antes que a gestação tenha completado 37 semanas) - lesões ativas de herpes nos órgãos genitais no momento do parto principalmente se for a primeira crise. O herpes se assemelha a pequenas bolhas de água disseminadas na mucosa dos grandes e pequenos lábios, mucosa vaginal e colo do útero Condições anormais que podem se desenvolver durante o trabalho de parto: - alteração da cor do líquido amniótico. Este é cristalino nos primeiros meses de gestação tornando-se depois opalescente. O bebê pode evacuar dentro do útero suas primeiras fezes de cor verde escuro que chamamos de mecôneo e que tornam o líquido da bolsa esverdeado. Este fato às vezes representa que o bebê está tendo o que em termos técnicos chamamos de "sofrimento fetal". Outras alterações na cor do líquido para vermelho ou marrom achocolatado são sinais que indicam e aconselham remoção para o hospital: - sofrimento fetal que é indicado por mudança da freqüência dos batimentos cardíacos do bebê (desacelerações prolongadas e acelerações importantes) - sinais de placenta anormalmente inserida quando a placenta não permite ou dificulta a passagem do bebê - deslocamento prematuro de placenta quando a placenta se desprende do útero antes do nascimento da criança - visualização do cordão umbilical antes da cabeça do bebê. O cordão corre o risco de ser comprimido e prejudicar a oxigenação do bebê - parada na progressão do trabalho de parto que passa a não se desenvolver no ritmo esperado ou mesmo que permanece estacionário O parto de gêmeos e do bebê que se apresenta de nádegas pode ser absolutamente normal. Entretanto, no decorrer do trabalho, podem se apresentar situações delicadas que exigem intervenção especializada. Pode acontecer que uma complicação grave ocorra em casa e traga sérias conseqüências para a vida e a saúde da mãe e do seu bebê. Essas conseqüências talvez pudessem ter sido evitadas no hospital. Em oposição, o inverso também pode acontecer. Existem hospitais de pequeno, médio e grande porte que oferecem recursos diferenciados. Os mais especializados como os hospitais universitários oferecem recursos humanos e de tecnologia superiores. Na Holanda, quase 40% dos partos são realizados em casa. As taxas de mortalidade e morbidade desse país são semelhantes aos países que apresentam maior taxa de assistência hospitalar que domiciliar. Podemos concluir que o levantamento de anormalidades feito pelas parteiras durante a gravidez e o parto é totalmente eficaz e que os partos de risco são transferidos em tempo hábil para o hospital. Além dos critérios universais já assinalados que desaconselham o parto em casa, alguns profissionais possuem critérios particulares trabalhando com o que consideram seus próprios limites, não prometendo mais do que podem realizar. Alguns preferem não assistir as mães que dão à luz seu primeiro filho, porque desconhecem as reações do organismo da mãe frente ao trabalho de parto. Outras patologias raras podem se apresentar como quando acompanhando uma parturiente notei, no primeiro toque vaginal, que os ossos da calota craniana eram frágeis e delicados como um papel de seda (craniotabis). Achei que o bebê corria sério risco de lesão cerebral e a encaminhei para o hospital. 11 dicas para evitar ou espantar a ressacaSaiba como evitar ou aliviar o desconforto depois de exagerar na dose
Depois de exagerar na bebida, é comum sofrer com os desprazeres da indesejada ressaca do dia seguinte. Realmente, quem passa do ponto não está livre deste desconforto. Os sinais são clássicos: a cabeça parece que vai explodir, o enjoo, a tontura, a fraqueza e uma sede de matar fazem você desejar nunca ter esvaziado um copo antes. Não é à toa que seu corpo está debilitado. Funciona assim: o organismo gasta glicose para metabolizar o álcool. Glicose é açúcar, açúcar é energia. Resultado: ficamos enfraquecidos. O excesso de álcool também ataca o sistema nervoso central e provoca sono e irritação; corrompe mecanismos químicos cerebrais, ocasionando dor de cabeça; irrita as mucosas do aparelho digestivo, causando náuseas, vômito e diarreia; e inibe a ação do hormônio antidiurético, levando a sede e boca seca. A zonzeira não para aí.
A ingestão excessiva de álcool pode trazer diversos prejuízos à saúde como o ganho de peso e acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal. "O consumo crônico pode causar lesões cerebrais, diabetes tipo 2, úlceras e inflamações no estômago e intestino, hepatite, depressão, lesão nos rins, na bexiga, próstata e pâncreas, entre outras doenças" , alerta a nutricionista Fabiana Honda, da consultoria nutricional Patrícia Bertolucci. |
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