quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Chupeta pode prejudicar respiração, fala e dentes







Apesar de ser um item que ajuda muito as mamães na hora de acalmar o filho, a chupeta, se não for retirada na hora certa, pode ser prejudicial para as crianças, tanto para a fala, respiração e por questões ortodônticas.
A Dra. Soraya Cristina Sant´Ana, pediatra e especialista endócrino pediatria, explica porque as crianças tem esse hábito de sucção. “O ato de sugar é uma necessidade sensitiva e motora que proporciona paz, bem-estar. A sucção do peito traz satisfação afetiva e de segurança, e a sucção da chupeta tenta mimetizar este ato”, diz.
É importante ter um período limite para o uso da chupeta. “Não se deve incentivar o uso  em crianças com mais de 1 ano de idade”, indica a Dra. Soraya. Há alguns pais que simplesmente a usam para deixar a criança tranquila. Isso é um ato “normal”, mas não se pode abusar dessa ação. “Se isso ocorrer na fase inicial da vida da criança faz parte, já que a sucção transmite segurança e tranquilidade. Mas o mais correto é acalantá-la e oferecer proteção, para que, sentindo-se bem assistida, a criança acalme e pare de chorar”, recomenda.
Deixar a criança chupar a chupeta apenas na hora de dormir pode ser uma opção para começar a tirá-la do caminho, mas também é preciso estipular alguns limites. “O uso após um ano de idade prolonga a fase oral. Outra questão é que a criança dorme oito horas ou mais, o que não é um tempo curto e pode fazê-la sofrer da mesma forma com os malefícios da chupeta”, afirma.
Na hora de eliminar o uso da chupeta é preciso tornar esse momento natural para a criança. Portanto explicar a ela que está crescendo e que não precisa mais usar chupeta é essencial. Às vezes é necessário tirá-la aos poucos, reduzir o tempo e os intervalos com os quais a criança fica com a chupeta. A Dra. Soraya diz que não há segredo, a chupeta deve ser simplesmente jogada fora.
Malefícios da chupeta
“Além de promover a alteração na arcada dentária, o uso consecutivo da chupeta pode ocasionar deformidades nos ossos da face, nas articulações, na musculatura envolvida e até prejudicar a mastigação, a fala e a respiração. Há alguns trabalhos que relacionam o vício de cigarros e drogas com o uso prolongado da chupeta. Trata-se de uma fase oral que não se resolveu no momento adequado”, conta a Dra. Soraya.
A Dra. Soraya diz ser importante consultar um odontopediatra para analisar a arcada da criança, além de ser feita uma consulta ao dentista, antes de nascerem os primeiros dentinhos, para receber orientações sobre higiene bucal.






Saiba quais são os prós e contras da chupeta






Quem tem ou já teve um bebê em casa sabe bem que, quando eles começam a chorar demais, começa também um desespero dos adultos para tentar acalmá-los. E muitas vezes os carinhos e o colo dos pais não são suficientes. É então que entra em cena a chupeta, vista como uma das alternativas mais eficazes, já que sugar é a forma que os bebês têm de se acalmarem. Na fase oral, época em que a criança descobre o mundo por meio da boca e que vai até os dois anos, todo o desenvolvimento está voltado para a região oral, por isso o seio da mãe funciona também como um conforto emocional, sensação que também pode ser obtida com a chupeta.

O ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, integrante da equipe interdisciplinar da Köhler Ortofacial, explica que a chupeta realmente acalma, tanto que em inglês seu nome é ‘pacifier’ (pacificador). “O ato de sugar a chupeta ou a mamadeira, assim como o bico do seio da mãe ou o dedo, está associado à necessidade de satisfação afetiva, de segurança e de sucção da fase oral “, explica.

Mas é preciso cuidado e atenção para que o uso da chupeta não se transforme em hábito, pois isso pode gerar consequências negativas para a saúde da criança. A chupeta não deve ser deixada ao alcance delas e deve ser oferecida apenas nos momentos em que ela estiver inquieta. Até os três anos de idade isso é absolutamente normal. Depois desta idade, deve ser removida gradualmente, podendo se estender no máximo até os seis anos.

Köhler ressalta também que chupar os dedos pode ser ainda mais danoso do que a chupeta. “Os dedos estão sempre disponíveis e exercem força contra os dentes, ocasionando defeitos na formação da arcada dentária superior (situada no osso maxilar) e projetando os dentes superiores”, esclarece.

Os principais problemas causados são: alterações na arcada dentária, mastigação, deglutição, respiração, comunicação verbal, articulações, músculos da face e deformações nos ossos do rosto. Os efeitos dependem da frequência, duração e da intensidade do hábito. É claro que o ideal é evitar que a criança atinja esse quadro. Mas caso ocorra, são danos reversíveis e totalmente possíveis de serem tratados. “Assim que as alterações forem percebidas é necessário fazer o acompanhamento com um ortodontista pediátrico ou ortopedista facial. As consultas podem ter início a partir dos três ou quatro anos de idade ou mesmo antes, se necessário. O tratamento precoce minimiza os malefícios à saúde e é capaz de redirecionar o crescimento incorreto dos dentes, das arcadas dentárias e dos ossos da face”, orienta.

O momento que exige mais atenção dos pais é a hora de tirar de vez a chupeta da vida das crianças. Atitudes comuns, como colocar sabores ruins ou propor a troca por presentes, não devem acontecer. A principal dica é conversar e explicar a ela que não é algo bom, já que o uso da chupeta é um problema de comportamento. “Essa fase deve ser gradual, de preferência com acompanhamento pediátrico e, se necessário, até mesmo psicológico”, finaliza Köhler.




Infecções de ouvido precisam ser bem tratadas





Não é normal uma criança sentir dores nos ouvidos. Às vezes os casos são simples, outras podem estar relacionados a quadros mais complexos. De qualquer forma, é importante saber o que essas dores significam e não deixar o seu filho se prejudicar com elas.

Geralmente as otites, infecções internas ou externas nos ouvidos que podem causar dor, estão associadas a infecções das vias aéreas superiores. “O que ocorre nestes casos é uma congestão das mucosas do nariz, nasofaringe, tuba auditiva e orelha média, levando a obstrução da tuba auditiva e produção de secreção na orelha média, propiciando o desenvolvimento de patógenos que levam a otite”, explica a médica pediatra e neonatologista Carla Sampaio Garcia Ferreira.

Carla reforça que a otalgia (dor nos ouvidos) é o sinal mais comum de otite, mas pode também estar relacionada a quadros não infecciosos. “Dentre os sintomas pode haver febre, irritabilidade, falta de apetite, mas o principal é realmente a dor”, comenta.

A otite pode ser bastante perigosa. Toda dor nos ouvidos deve ser observada e avaliada com cuidado. Usar frequentemente antibióticos faz com que o organismo da criança crie uma resistência bacteriana maior e a deixa mais vulnerável. “A perda ou diminuição dos estímulos auditivos também estão associadas, e com ela suas consequências indiretas como a dificuldade de aprendizado e socialização”, explica a pediatra.

É após os seis meses de idade que as crianças têm mais infecções e dores nos ouvidos. Carla conta que “o ingresso em berçários e creches estão muito relacionados com uma maior incidência de otites, especialmente pela associação com quadros recorrentes de infecções respiratórias”.

A pediatra alerta as mamães em relação à mamadeira. “Sim, as crianças que mamam deitadas podem pegar otite média mais facilmente. Isso acontece porque é possível haver refluxo de leite por meio da tuba auditiva, levando a sua inflamação e, com isso, sua obstrução e produção de secreção”. Então quando for alimentar o seu bebê, deixe-o na posição vertical, como se estivesse sentadinho.

Para prevenir essas infecções, Carla sugere uma boa alimentação, manter o aleitamento materno, seguir à risca o calendário de vacinas, cuidar totalmente dos quadros gripais e também das infecções de vias aéreas superiores.

Deixe o seu filho protegido desse mal. “Siga sempre o tratamento adequado indicado por um profissional capacitado para evitar um quadro mal tratado”, finaliza.








Bebês também têm unhas encravadas





Dor, fome, sono, cólica… são inúmeras as causas pelas quais as mamães precisam acalmar seus pequenos. Mas o que muitas delas não sabem é que eles também choram por problemas nos pezinhos, como unhas encravadas.

Elas não são apenas motivo de reclamação dos adultos. Yumi Ikeda, podóloga especializada em podologia infantil e para diabéticos, comenta que esse problema surge por cortes irregulares, meias e sapatos apertados, roupas muitos justas e até mesmo pelo atrito dos pés do bebê em cadeirinhas e carrinhos. Ela ainda diz que a herança genética pode ser uma das causas. “Quando os pais têm unha encravada, provavelmente, seus filhos apresentarão algum tipo de problema nos dedinhos”, afirma.

Yumi aconselha as mamães a prevenirem esse tipo de problema em seus bebês. A podóloga indica massagear o cantinho dos dedos, sempre com as mãos bem higienizadas; cortar as unhas deles regularmente, usando uma tesoura ou cortador infantil; além de evitar roupinhas, meias e sapatos apertados.

Geralmente é o pediatra quem encaminhará a mãe e o seu bebê para o podólogo, após a consulta e o diagnóstico, para realizar o tratamento ideal. “Algumas crianças chegam sentindo dor no dedinho por conta da inflamação. Então, iniciamos o tratamento com muito cuidado e orientamos a mamãe sobre a forma e a periodicidade indicadas para o corte das unhas”.







Animais X infecções respiratórias nas crianças





As infecções respiratórias são muito comuns nas crianças, principalmente no inverno de hoje. É preciso tomar alguns cuidados para que elas não se tornem um problema mais grave e sejam desenvolvidas outras doenças a partir da baixa resistência que elas provocam.

Fábio Pereira Muchão, pediatra e pneumologista, comenta sobre as principais infecções respiratórias. “As mais comuns são as virais: gripes e resfriados, por exemplo. Mas as bactérias – que podem causar, entre outras doenças, pneumonias, otites e sinusites – também têm um papel relevante”. O pediatra diz que crianças abaixo de 2 anos e as portadores de doenças crônicas são as mais vulneráveis.

As causas dessas infecções são os vírus e as bactérias e elas podem ser prevenidas com alguns cuidados. O dr. Fábio explica que “ter uma alimentação saudável, vacinação em dia e acompanhamento pediátrico para detecção dos sintomas e instalação rápida do tratamento (que varia de acordo com a causa) são essenciais”.

Um estudo de pesquisadores da Finlândia diz que crianças que convivem com cães e gatos são mais saudáveis e apresentam menos problemas de infecções respiratórias no primeiro ano de vida do que as que não têm contato com os animais. O pediatra e pneumologista alerta sobre esse fato. “O resultado é apenas de um estudo. Mesmo que publicado em uma revista de alto impacto não é suficiente para definir uma conduta para todas as crianças”, diz o doutor. E afirma que os benefícios de se ter animais em casa ou não devem ser analisados individualmente em uma decisão conjunta do pediatra com a família.

Dr. Fábio diz que, na maioria das vezes, os pelos dos animais de estimação são prejudiciais para crianças alérgicas e, portanto, a convivência com eles pode estimular a alergia e, também, as infecções respiratórias. Porém, ele não deixa de comentar os benefícios de se ter um bichinho em casa. “Os animais podem ser importantes do ponto de vista afetivo para as crianças e também fazer parte das atividades lúdicas que contribuem para o seu desenvolvimento”, diz.





Produtos perfumados podem dar irritação







As mamães adoram deixar seus filhos bem cheirosinhos e para isso não economizam no uso de xampus, sabonetes e colônias especiais para os pequenos. E o mercado de produtos para a pele infantil vem crescendo nos últimos anos. Mas, para as crianças, esses cosméticos podem representar riscos. Por terem uma pele mais sensível, fina e com menor proteção contra a proliferação de micróbios, elas estão mais susceptíveis a irritações. “Mesmo os produtos específicos para crianças podem irritar a pele e causar alergias, por isso devem ser usados sempre com cautela. E a maioria deles só tem a indicação para crianças a partir de seis meses, não para recém-nascidos”, afirma a dermatologista Marcia Linhares.

Quanto menor é a idade da criança, maior é sua susceptibilidade a agentes externos. Por isso, para o banho, a dermatologista recomenda xampus e sabonetes neutros, pois os que contém perfumes e corantes aumentam os riscos de irritação da pele. Após o banho o mais importante é secar bem todas as ‘dobrinhas’ e, para evitar assaduras, usar cremes com essa finalidade. Os talcos devem ser usados apenas nos locais específicos e, preferencialmente, sem aroma. Os hidratantes específicos para bebês estão liberados, independente de prescrição médica. Especialmente no inverno, quando os banhos mais quentes acabam deixando a pele mais ressecada, a hidratação precisa ser reforçada.

Já os demais cosméticos, vão ter de esperar. “O filtro solar é recomendado a partir dos seis meses. Ainda assim, o sol nessa faixa etária deve ser restrito – antes das 10h e após às 16h – e nunca deve ser uma exposição prolongada, pois bebês apresentam desidratação mais facilmente. Os perfumes e cremes hidratantes podem começar a ser usados também a partir dos seis meses. No caso dos perfumes, se possível, devem ser colocados sobre a roupa, e não diretamente na pele. E em todos os casos os produtos devem ser específicos para a faixa etária”, explica.

Outro cuidado importante é evitar produtos com aditivos que simulem cores e aromas de fruta e doces, pois podem estimular a criança a ingerir os cosméticos.

A dermatologista recomenda observar sempre as embalagens, porque a maioria vem com informações sobre a indicação. Algumas dicas caseiras podem ajudar. O amido de milho pode ser usado no lugar do talco, pois é mais natural e não tem aroma. Para hidratar, a dica é o óleo de girassol.





Cosméticos infantis > Escolhendo cada produto







Para facilitar a escolha do produto para seu pimpolho, o Bolsa de Bebê recolheu as dicas dos especialistas e montou um guia para você:

Xampu – Deve ser neutro. "O indicado são aqueles que contêm substâncias desengordurantes e perfumes suaves de baixa concentração", indica Mônica.

Condicionador - Esse produto deve ser evitado até os dois anos de idade. "Nos bebês, o condicionador é dispensável já que eles têm os fios bem ralinhos e curtos", argumenta Osvania. Caso haja necessidade de desembaraçar o cabelo da criança, prefira condicionadores suaves e aplique-os apenas nas pontas.

Sabonete - Deve ter pH próximo ao da pele (5,5) e ser líquido. "O sabonete em barra pode ser contaminado pela manipulação", explica Osvania. O sabonete de adulto só pode ser usado depois dos cinco anos de idade.

Talco – Não deve ser usado, mesmo em pequenas quantidades. "A maioria das mães usa talco na criança, mas ele pode provocar irritações no nariz e também nos olhos", explica Osvania. E como solução, ela recomenda: "Se quiser refrescar o bebê, melhor aplicar amido de milho nas dobrinhas".

Óleo – É indicado para crianças que possuam a pele ressecada. O ideal é que sejam óleos minerais ou vegetais. "Óleo mineral, óleo de amêndoas e com vitamina E são os mais recomendados", aconselha Mônica. O uso do óleo dispensa o hidratante. "Durante o banho, a mãe pode misturar um pouquinho de óleo à água, ajudando na hidratação da pele do bebê e impedindo que ela perca água com facilidade", ensina Osvania.

Colônias e perfumes – Enquanto alguns especialistas dizem que as colônias não devem conter álcool nem corantes, outros acreditam que o ideal é evitá-las. "Até mesmo os perfumes ditos infantis podem causar problemas alérgicos", argumenta a dermatologista.

Creme para assadura – É importante para criar uma barreira de proteção na pele do bebê contra as fezes e a urina. Mas devem ser usados com cautela. "O excesso pode causar inflamação. Como é difícil de ser removido no banho, não deve ser usado a cada troca de fralda", ensina Osvania. E Mônica indica: "Prefira os que contêm óxidos de zinco e óleos essenciais".

Hidratante – É recomendado para crianças que têm a pele ressecada ou moram em lugares de clima frio. "Não devem conter alfa-hidroxi-ácidos, nem filtros solares", alerta Osvania. "Prefira os hidratantes à base de óleos essenciais e sem uréia", acrescenta Mônica.

Antes de usar qualquer produto, lembre-se de procurar um dermatologista. "Ele é o único profissional especializado e capacitado para cuidar e tratar deste que é o maior órgão do corpo humano", lembra Osvania. E independentemente da sua opção, tenha em mente que o que importa mesmo é o amor e o carinho com seu pequeno. "O cheiro natural dos bebês é o aroma mais delicioso que você pode encontrar na natureza. Experimente cheirar seu bebê e verá que estes produtos são desnecessários. O amor tem um cheiro especial que é diferente para cada um", finaliza Brock.










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